terça-feira, 19 de julho de 2011

Dona do Magazine Luíza pode ser a 11a Ministra de Dilma

A presidenta Dilma Roussef cogita o nome da empresária Luiza Trajano, dona do grupo Magazine Luiza, para assumir a futura Secretaria da Micro e Pequena Empresa. A informação é da Folha de S. Paulo.

Se Luiza Trajano assumir a pasta, aumentará o número de mulheres no comando dos ministérios. Hoje, são dez ministras. A criação da secretaria – ligada diretamente à Presidência da República – depende de aprovação de projeto de lei encaminhado ao Congresso no mês de março.

De acordo com a reportagem

, o nome de Luiza foi citado por Dilma em solenidade no Planalto, na qual a empresária estava presente. A presidenta teria comentado com assessores que o nome dela seria bom para o novo ministério, que também cuidará da economia solidária (atualmente vinculada ao Ministério do Trabalho). O convite ainda não foi feito, segundo o jornal.

Anteriormente, Dilma queria nomear o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) para o posto e abrir vaga para o suplente José Eduardo Dutra (PT) no Senado. Mas Valadares recusou o convite.


Fonte: www.yahoo.com.br

segunda-feira, 18 de julho de 2011

CBF deve estar esperando oportunidade para demitir Mano

A Seleção Brasileira se despediu da Copa América com uma derrota para o Paraguai. Isso é natural e perfeitamente compreensível. Inclusive a CBF se apressou em dizer que Mano Menezes continua como técnico. A atitude foi correta, o profissional tem que ser respeitado, no entanto, o torcedor brasileiro também tem de ser respeitado.
Demitir Mano Menezes logo após a derrota seria jogar sobre suas costas todo o peso do fraco futebol apresentado. Seria admitir todos os seus erros na armação do time, nas mexidas que ele não soube fazer nas horas certas e no mal preparo psicológico dos jogadores. Eu nunca imaginei um time de futebol tão medroso a ponto de não conseguir fazer um gol sequer de pênaltis em quatro cobranças.
A CBF deve estar esperando uma oportunidade mais apropriada para Mano Menezes para despedi-lo, ou, quem sabe ajeitar um convite de um clube para ele “pedir licença para ir ao banheiro” e não voltar mais. Espero que seja isso por que a Copa America mostrou que para a Seleção Mano Menezes foi um péssimo treinador, medroso demais. Imaginem o time de Mano Menezes contra os Uruguaios no Brasil em 2014. Esta camisa amarela vai pesar 50 quilos cada uma em 2014, pois entraremos em campo sabendo que perdemos a única copa disputada aqui. Ela tem de ser vestida por jogadores valentes, dirigidos por um treinador otimista, que não tenha medo de fazer as substituições durante o jogo.
Ora, não me sai da cabeça aquelas imagens de nossos jogadores chutando para fora três de quatro pênaltis cobrados. O único que foi dentro do gol, caiu nas mãos do goleiro. O Mano veio culpar o gramado. Perdeu excelente oportunidade de ficar calado.

domingo, 17 de julho de 2011

UM GRANDE SEGREDO

Numa prosa com um amigo publicitário sobre as boas e más experiências do mundo comercial me veio uma pérola dessas que não resisto em transmitir aos leitores. Vou apenas omitir quanto aos nomes dos personagens para evitar constrangimentos. Meu amigo dizia ter um serviço para receber de um prefeito, mas, que não demonstrava o mínimo de boa vontade em quitar o débito. A cada ligação telefônica o cheiro de calote ficava mais forte. Idas ao Gabinete já estavam suspensas, pois, meu amigo, bastante ocupado já tinha perdido muitas preciosas horas sem resolver o problema.
Certo dia ele acordou disposto a uma solução. Tomou um café desses que te deixa aprumado até o almoço e, 7h40m, estava no Gabinete. Quando abriu a Prefeitura ele já se dirigiu ao sofá (sabia perfeitamente de seu destino!) e varreu com as mãos todos os jornais, revistas e panfletos publicitários que se encontrava por perto. Começou a ler dizendo para a secretária que desejava falar com o prefeito, sem se incomodar com sua resposta.
- Hoje eu estou com tempo de sobra”, resmungou.
O tempo foi passando. Lá pelas 10h percebeu que o almoço estava comprometido e se aproveitou de um desses piolhos de Prefeitura, que apesar de não ser funcionário ficam por ali, cumprimentando um e outro, para lhe comprar um lanche.
Duas da tarde meu amigo já tinha lido tudo: jornais do dia, da semana, do mês, revistas de um ano atrás como também já sabia de todas as promoções do comércio na cidade, mas, ainda não tinha recebido qualquer sinal positivo sobre seu encontro com o Prefeito. Ele me fez lembrar até do saudoso Parajara dos Santos (in memorian) jornalista de Governador Valadares(Minas), que, quando estávamos mergulhados num plano para salvar um jornal de uma crise comercial nos disse que “em escritórios onde temos que esperar por alguém a gente lê até bula de remédio”. E meu amigo não encontrava mais nem bula de remédio pra ler!!!
A situação já começava a complicar...Outro piolho lhe aparece e surge a oportunidade para mais um lanche assegurar o funcionamento do físico até o final do dia. Começou a reler tudo o que já tinha lido, mas, já às 16h, nada do Prefeito. Levantou-se um pouco para colocar o corpo a prumo e, ao espichar bem a cabeça, avistou na estante uma Bíblia Sagrada.
- Haaaaá.....agoooora......eu tenho o que ler até amanhã. O Prefeito pode demorar mais outro tanto que eu aguento esperar....No cansaço esse prefeito não haverá de me vencer”, pensou meu amigo que nem muito habituado à Bíblia era, mas naquele momento Ela tornou-se o mais precioso livro para ele. E, curiosamente, a preciosidade do Sagrado Livro ficou para sempre na sua vida, pois, ainda na segunda página foi convidado pela secretária a ir falar com o prefeito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

TRIBUTO A ITAMAR FRANCO



MAURO BOMFIM é advogado e cronista em Belo Horizonte

Morre Itamar Franco. Morre um dos últimos Varões de Plutarco desta República. Na Grécia Antiga, Plutarco foi um filósofo que escreveu mais de 200 obras. “Vidas Paralelas” é sua obra mais portentosa, na qual retratou, com mão impecável de biógrafo, as vidas de gregos e romanos ilustres. Daí, o termo “Varão de Plutarco”, o qual se aplica ao homem probo, cheio de serviços à pátria, e por isso comparável aos gregos e romanos biografados por Plutarco.

Itamar sempre esteve entrincheirado na cidadela inexpugnável defesa da probidade na Administração Pública. Seu radicalismo no combate à corrupção era produto de uma alma incorruptível, desde que se iniciou na vida pública em Juiz de Fora como vereador, galgando os mais altos postos da política como senador, governador de Minas, vice-presidente e presidente da República.

Ao menor sinal de fumaça, quando surgia qualquer fato envolvendo seus auxiliares com maracutaias ou casos de corrupção, Itamar Franco atirava primeiro para perguntar depois quem morreu. Seu dedo estava sempre pronto a acionar a guilhotina para cortar cabeças de corruptos ou de quem deveria ser investigado. Exonerava primeiro para que o auxiliar fosse investigado fora do cargo. Essa é a marca indelével que Itamar Franco nos deixa.

Sacrificava até mesmo assessores de sua intimidade quando a imprensa noticiava possível envolvimento com a corrupção ou tentáculos de favorecimento no poder. Homem implacável na defesa do dinheiro público, era espécime botânica rara no pântano em que se transformou a política brasileira.

Não só a sorte foi benfazeja para com Itamar Franco nos episódios do Senado em 1974, quando a candidatura no MDB era um sacrifício e ele conseguiu ser vitorioso ou como vice de Collor ao assumir a cadeira de presidente depois do impeachment. Itamar estava sempre ali para ser coberto pelo manto diáfano da sorte. Se política é destino e requer uma boa dose de sorte, é preciso , porém, ter o “feeling” ou o “timing” adequados para ser encontrado no caminho da sorte. E Itamar era sempre o homem certo, no lugar certo.

Alguns desavisados, sem cuidado necessário no exame dos fatos e da história certamente seriam injustos no julgamento do legado de Itamar, que devolveu à Presidência da República o bom e velho caminho da moral e da probidade, quando assumiu após a queda de Collor. Depois, os mineiros foram buscá-lo nos braços para o Palácio da Liberdade, depois que fora abandonado às bestas feras de seu antigo partido , o PMDB, maior nau fisiológica que já navegou em mares republicanos.

E La Nave Va. Itamar – sua história registra- nasceu em pleno mar, num navio, no litoral de Salvador, mas logo se impregnou do espírito de mineiridade vivendo grande parte de sua vida em Juiz de Fora. Como na canção da obra eternizada no filme de Fellini, amigos zarparam para assistir ao funeral da personagem central do tema, cujas cinzas foram lançadas na sua ilha natal. As cinzas de Itamar foram lançadas em Minas e os amigos lhe deram o último adeus do alto das montanhas das Alterosas que ele jamais permitiu fossem niveladas.
“Amigos, vamos zarpar/ Sigamos sobre as vagas da alegria e do pesar/ A rota mais romântica/ Do navio que vai”. Itamar Franco era nosso porto seguro. Das Minas sem mar, como um Tritão redivivo, filho de Poseidon, vigilante cívico de nossas fronteiras terrestres e marítimas, sempre empunhava seu gládio para defender o nacionalismo , combater os corruptos e expulsar os vendilhões da pátria.

Nota do Editor

Dr.Mauro Bomfim é um dos mais solicitados juristas de Minas Gerais e cronista
maurobomfim@maurobomfim.com.br